Balanço da Virada Cultural 2010

Posted: quarta-feira, 19 de maio de 2010 by Bans in Marcadores: , ,
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Conforme prometido, a provavelmente nenhum de vocês, reles leitores, venho aqui para fazer o balanço da Virada Cultural 2010, que ocorreu no último final de semana (15 e 16 de Maio).

A Virada, que este ano completou sua sexta temporada, já é um evento fixo na agenda de muitas pessoas. Por 24 horas, as toneladas de concreto, o barulho dos carros e a correria das pessoas da Paulistânia dá espaço a muita cultura, lazer e entretenimento gratuito.

Nesse ano, a Virada registou público de 4 milhões de desocupados, que vagaram ao longo das 24 horas pelas mais de 1000 atrações presentes no evento. Independente disso, eu afirmo como um dos desocupados supracitados: TODAS as pistas por onde passei estavam LOTADAS ATÉ A ALMA. Desde Sidney Magal (com público estimado de 35 mil pessoas na Av. Vieira de Carvalho), até o show do ABBA - que eu só vi pela TV - que ABARROTOU a Júlio Prestes.


O meu balanço dessa virada - como frequentador assíduo desde 2007 - é: MÉDIO
As atrações tavam muito boas, mas os organizadores colocaram muita coisa boa em horários próximos (Living Color, Velhas Virgens e Móveis Coloniais de Acajú, por exemplo). Além disso presenciei brigas e assaltos, coisas que não vi, particularmente, nos outros anos.


Só relembrando que esse post é pessoal e intransferível, quais opiniões divergentes serão analisadas e levadas em conta (ou não).

Agradecimentos

Posted: sexta-feira, 14 de maio de 2010 by Albanietzsche in
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Criei esse blog num momento de raiva como um arquivo pessoal, mas quase na mesma hora decidi que, se fosse pra existir esse espaço, que fosse uma coisa que eu usasse ocasionalmente para publicar coisas que eu gostaria de ler. E foi muito legal ver que uma boa meia dúzia de amigos mostrou certo interesse em ouvir o que eu tinha para dizer, chegando ao ponto de pedir espaço para que eles próprios colocassem aqui coisas de seus interesses. E, com imenso prazer, percebo que o R.S. acabou virando mais um elemento comum entre amigos que se consideram como irmãos.

Valeu Thulio, Belin e Bans! Amo vocês, seus putos!

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Amizade

Posted: quinta-feira, 13 de maio de 2010 by Bans in Marcadores: ,
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À uma hora e vinte minutos de uma madrugada gélida em São Paulo, fumando um cigarro na janela do meu quarto, me vem à mente uma música que marcou minha vida e permanece presente nela: I’ll Fly With You do mestre Gigi D’Agostino. Não sei ao certo o motivo de tê-la recordado, mas lá fora faz uma noite linda, e posso ver ao longe a cidade de Guarulhos.

Ao mesmo tempo em que admiro esse momento único – uma vez que todo presente torna-se passado num piscar de olhos - me passa na cabeça as mais diversas lembranças de pessoas, lugares, momentos e situações que vivi ao longo dos meus dezoito anos.

A nostalgia de hoje, ao mesmo tempo, estar na Federal, não estando nela. As lembranças daquele pessoal que, por menor fosse o tempo juntos, fazia os meus dias valer a pena. Pessoas essas que, por mais afastadas que estejam, ainda detêm essa sublime capacidade. Pessoas das quais sinto uma falta imensa, mas que, de alguma forma, sei que sempre estarão lá quando eu precisar, prontas a ajudar e compartilhar bons e maus momentos, fazendo com que cada dia as palavras da minha prima se mostrem mais verdadeiras: “Primo, aproveita bem esses seus três anos, pois deles sairão amigos que você vai levar para a vida inteira”.

Por mais que a grande maioria eu veja em raras oportunidades, cada momento com eles é único. E acredito que esse seja o verdadeiro espírito da amizade. Muito além de reunir-se em torno de uma mesa de bar e beber até cair, ou chamar a galera pra qualquer “rolê” pela cidade.

Talvez seja a melancolia bucólica desse momento, as saudades imensas, a alegria e o desejo de ter essas pessoas por perto que me levaram a escrever esse pequeno texto. Mas uma coisa é certa: aos que destino esse texto, se identificarão de imediato.

Perfil: Jack Johnson

Posted: quarta-feira, 12 de maio de 2010 by Thulio23 in
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Uma pessoa que nasceu em Honolulu, capital do Hawai, e foi criada em Oahu, outra ilha famosa do arquipélago americano, não teria outro futuro além de ser surfista certo? Errado

Jack Hody Johnson seguiu um outro caminho, ainda bem.

Nascido em 18 de maio de 1975, desde criança ele surfou (afinal uma criança que não surfa no Hawai, é como uma criança que não joga bola no Brasil), e era um grande surfista, chegando a participar de grandes campeonatos nacionais e internacionais. Mas aos 17 anos, enquanto competia, ele sofreu uma grande lesão, e ficou por muito tempo parado, o aproximando do seu lado artístico.

Aos 18 anos, decidiu se mudar para a Califórnia e estudar cinema, uma outra paixão sua. Anos mais tarde lançou seu primeiro documetário, Thicker than water (adivinha sobre o que era?). Ainda dirigiu 2
documentários sobre surf, e agora compôs a trilha sonora de seus filmes também. Foi aí que um de seus ilustres amigos, Ben Harper, o incentivou a ir fundo na carreira de cantor, e o ajudou a fechar contrato com uma grande produtora. Assim nasceu Brushfire Fairytales, seu primeiro CD. Seu primeiro single, Taylor, contou com a participação de mais um ilustre amigo de Jack Johnson, Ben Stiler, que estava no videoclip da mesma.


A partir daí, Jack Johnson lançou mais 3 CD's, On and On, In Between Dreams e Sleep Trough the Static, este último sendo em homenagem a sua família e amigos, o que fica perceptível em faixas como Angel e All at Once. Além desses albuns, ele fez também toda a trilha sonora do filme infantil Curious George, o Sing-A-longs and Lullabies for the Film: Curious George, além de recentemente lançar seu primeiro album ao vivo, o En Concert, onde pela primeira vez foi registrado tocando uma guitarra.


No ano de 2010 está previsto o seu novo trabalho: To the Sea. Sua primeira música de trabalho será You and Your Heart.

Jack Johnson diz que seus ídolos sempre foram Bob Dylan, Bob Marley, Sublime, Jimy Hendrix, Ben Harper, The Beatles e Rolling Stones (bom gosto o do rapaz não é?), e a sua inspiração vem dos amigos, família, natureza, o mar e tudo o que lhe traz bem estar.

Além de ser cantor, Jack Johnson ainda é surfista, produtor, ativista ambiental e cineasta, se destacando em todas essas áreas.

Sua música transcende o lado sensorial e consegue atingir o nosso espírito, trazendo bem estar imediato, e isso não é uma afirmação sem constatação, cientistas que estudam os efeitos da música já comprovaram que, dentre os artistas mais relaxantes, Jack Johnson se destaca.

Com letras simples e com um engraçado jogo de palavras (como acontece em Taylor e Bubble Toes), acordes muito bem combinados, e uma batida tranquilizante, Jack Johnson agrada até aos ouvidos mais severos, conquistando uma legião enorme de fãs, e um mundo inteiro de simpatizantes.

Vale a pena "ganhar" horas do seu dia escutando músicas como Flake, Sleep Through The Static, Sitting Waiting Wishing e Better Together.


A Vida Musical de Josh Homme

Posted: sábado, 1 de maio de 2010 by Albanietzsche in Marcadores:
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Existem dois tipos de pessoas na Terra: as que acham que Josh Homme é o cara mais foda de todo o universo e os idiotas. Guitarrista, vocalista, baterista, produtor... enfim, um faz-tudo musical de quase 2 metros de altura, ruivo, drogado e com cara de quem tem Síndrome de Down.

Nascido Joshua Michael Homme, em 1973, na Califórnia, se tornou antes dos 40 uma lenda viva do rock. Vamos então entender o porquê. Segue abaixo um pequeno dossiê musical desse cara, e, se após lê-lo, você não se interessar por nada... bem, espero que você morra.

- Kyuss: formada em Palm Springs em 1989, composta por John Garcia (vocal), Josh Homme (guitarra), Chris Cockrell (baixo), Brant Björk (bateria) e Nick Olivieri (guitarra base), foi a precursora do até então desconhecido movimento que se convencionou chamar de stoner rock, característico por guitarras lentas e graves, com uma clara influência do rock dos anos 70. Apesar de nunca ter atingindo o sucesso do grande público, chamou a atenção para seu guitarrista, Homme, que, com apenas 18 anos, tocava em um estilo original com seu instrumento ligado a um amplificador de baixo. Foi desfeita em 1995, e seus integrantes deram origem a uma série de bandas ajudaram a popularizar o stoner rock. Durante seu período de atividade, lançaram 4 álbuns de estúdio (Wretch, Blues for the Red Sun, Welcome to Sky Valley e ...And the Circus Leaves the Town), uma coletânea, e diversos EP's.



- Screaming Trees: após o fim do Kyuss, Josh Homme se juntou ao Screamig Trees, ao lado dos integrantes Mark Lanegan, Van Conner e Gary Lee Conner, durante as turnês de 1996 e 1998, enquanto trabalhava paralelamente em outros projetos musicais. O vocalista Mark Lannegan ainda viria a trabalhar com Homme mais tarde por duas vezes.



- Desert Sessions: de 1997 a 2003, Josh Homme realizou algumas sessões experimentais de estúdio com a participação de dezenas de músicos diferentes, no deserto de Palm Springs (daí o nome Desest Sessions, e sim, eu me inspirei nisso para o nome desse blog). Entre os convidados estavam nomes como PJ Harvey, Chris Cornell (Audioslave, Soungarden), Jesse Hughes (Eagles of Death Metal), Brant Björk (Kyuss, Fu Manchu), Chris Goss (Masters of Reality), entre outros. Muitas das músicas surgidas aí foram regravadas pelas bandas dos participantes.



- Queens Of The Stone Age: dispensa apresentações. A banda, formada em 1997, que alçou Homme ao estrelato. Dessa vez, ele assumiu o posto de vocalista e guitarrista, e está atualmente ao lado de Troy Van Leewuen (guitarra, baixo e lap steel), Joey Castillo (bateria), Michael Shuman (baixo) e Dean Fertita (teclado). Entre os músicos que já passaram pela banda, estão Nick Olivieri (ex-Kyuss, baixo, de 1998 a 2004), Mark Lannegan (ex-Sreaming Trees, vocal, de 2001 a 2005), Natasha Shneider (ex-Eleven, teclado e vocal, de 2005 a 2006) e até mesmo Dave Grohl (ex-Nirvana e atual Foo Fighters, bateria, no ano de 2002). Dona de uma consistência impressionante na música, lançou desde sua formação 5 excelentes álbuns (Queens of The Stone Age, Rated R, Lullabies to Paralyze, Songs for the Deaf e Era Vulgaris), foi indicada ao prêmio Grammy e vem lotando shows por onde passa.



- Mondo Generator: dona de um som que mescla punk e stoner rock, a banda foi formada por seu líder, baixista e vocalista, Nick Olivieri, em 1997, contando com a presença de seu até então amigo Josh Homme. No período de 1997 a 2003, a banda lançou apenas 2 álbuns (Cocaine Rodeo e A Drug Problem That Never Existed), devido ao tempo que seus integrantes dedicavam ao Queens Of The Stone Age. Após a expulsão de Olivieri do QotSA, ele anuncia, em 2004, o retorno da banda (sem Homme, é claro).



- Masters of Reality: banda que possui um dono: o ex-produtor do Kyuss Chris Goss. Com integrantes quase rotativos (incluindo um período com o lendário baterista do Cream, Ginger Baker), teve a passagem de Josh Homme no período de 2001 a 2002 como vocalista e guitarrista, para a gravação do álbum de estúdio Deep in the Hole e do ao vivo Fleak 'n' Flight.



- Eagles of Death Metal: banda de garage rock com um toque irreverente formada em 1998 durante uma das Desert Sessions, que tem como líder o vocalista e guitarrista Jesse Hughes. Dessa vez, Josh Homme assumiu o posto de baterista, e se reúne com a banda de tempos em tempos para gravações em estúdio e apresentações ao vivo. Já lançaram 3 álbuns: Peace, Love, Death Metal (2004), Death by Sexy (2006) e Heart On (2008).



- Them Crooked Vultures: uma super-banda do século XXI. Formada por nada mais nada menos do que Josh Homme (vocal e guitarra), Dave Grohl (ex-Nirvana e atual Foo Fighters, bateria) e John Paul Jones (ex-Led Zeppelin, baixo), lançou seu primeiro e excelente álbum no final de 2009 e já conquistou uma legião de fãs (eu entre eles).



Bem, já chega. Acho que é isso, se eu não for contar as produções que ele fez, como o álbum Humbug, do Arctic Monkeys, por exemplo - o melhor da banda, diga-se de passagem. Leve essa lição pra sua vida: se tem o nome Josh Homme envolvido, pode parar pra ouvir porque é bom.

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