Uma nova arte: Games

Posted: segunda-feira, 16 de agosto de 2010 by Thulio23 in
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Antes de começar esse post tenho que dizer (para quem não me conhece), não, não sou um daqueles nerds que ficam em frente uma tela o dia inteiro. Tenho uma vida normal, como todo mundo, trabalho, estudo, saio no fim de semana e pratico esportes, mas as vezes gosto de perder umas horas em frente o meu Xbox 360, quando possível, e confesso que gosto de me atualizar e ler sobre o assunto.

Desde o surgimento de Pong (aquele joguinho das duas barrinhas e uma bolinha) em 1972, ou seja, antes do computador, algumas discusões sobre o que o video-game pode trazer para as pessoas tomaram forma, e seguem com força até hoje. Quase 40 anos depois, o vídeo-game se popularizou, mudou, se desenvolveu, e hoje é um dos ramos mais lucrativos da indústria da tecnologia. Para se ter uma idéia, na última lista da revista Forbes das maiores empresas do mundo, a Eletronic Arts (EA), responsável por jogos como Need For Speed, Fifa, Madden, entre outros, estava entre o top 50.

Raramente, se você for em uma casa em que há crianças e jovens, você deixará de ver um video game.

Com essa popularização, inclusive de jogos violentos (sendo Doom o primeiro), muitas pessoas os culpam por alguns ataques, como aquele em um cinema de São Paulo há mais de 10 anos onde um jovem atirou dentro da sala de cinema e depois se matou. Além desses problemas, os video-games são culpados por vícios, distanciamento da sociedade, sedentarizar as pessoas, entre outras coisas. Mas, será que realmente eles só trázem problemas?

Vícios são problemas que uma pessoa adquire apenas se ela se permite a isso. Se uma pessoa começa a perder a vida social para um jogo e começa a ter problemas, é tudo culpa apenas dela pois quem se permitiu isso foi ela. Conheço muita gente que adora jogar um futebol através do controle, mas prefere muito mais a bola de verdade. Se a pessoa começa a ter como melhor amigo um aparelho eletrônico, é porque ela tem alguns problemas para se socializar, e isso não significa que é culpa daquele aparelho.

Hoje o video-game pode até ser visto como a nova arte.

Discutindo esse assunto com o nosso querido fundador desta merda, Bambam, ele disse algo que inclusive me incentivou a criar esse post: "Quando o cinema surgiu, muita gente criticou pois isso iria acabar com a pintura e com a fotografia, e na verdade a única coisa que ele fez foi acrescentar a arte, e hoje os três convivem bem. O alvo agora é o vídeo-game, que dizem que vai fazer o mesmo com o cinema, mas na verdade não."

Realmente se analizarmos, existem jogos degradantes, em que não acrescentam a nada na nossa cultura. Jogos como Carmagedom, Bomberman, GTA, Left4Dead, Manhunt, entre inúmeros outros. Mas existem outros que são praticamente filmes interativos, com uma bela história muito bem construída, cenas de tirar o folego, e até uma filosofia e moral subjetiva. São os casos de jogos como Assassins Creed, Alan Wake, Red Dead Redemption, God of War e a saga Metal Gear (que particularmente sou fanático).

Essa parte degradante também está no cinema, com os filmes de ação de péssima qualidade (lembra de Conair?), filmes B de terror entre outras coisas. Até na arte própriamente dita existe uns caras que botam uma roda de bicicleta em cima de um banquinho e falam que é arte!! Aposto que se Leonardo DaVinci visse isso tentaria assassinar Duchamp.

No fim das contas não tem jeito, o vídeo-game pode ser muito criticado e visto com preconceito, mas isso só acontece quando se vê a sua situação de fora, porque visto de dentro a situação é outra.

Vou continuar jogando sempre que possível (inclusive os GTAs da vida) pois é uma forma de diversão muito boa e que pode sim ser reconhecida como a arte do futuro.

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