Uma Noite de Revoltas

Posted: domingo, 26 de setembro de 2010 by Bans in
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Então galera, depois de um tempo sem postar, sentia necessidade de publicar e dividir com vocês um texto do meu amigo Bruno Garcez que eu, particularmente, achei fenomenal... Vamos a ele:

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Quando as pessoas querem impressionar umas às outras elas se tornam tão maçantes. Fazem poses, caras, gestos, criam facetas, criam e recriam a si próprios. Vivem e morrem com a mesma freqüência com que trocam de roupas. Para no final esquecerem quem são de verdade. Quem eram no começo de sua loucura.

Gostava mais da época em que eu tinha amigos de jeitos simples, alegria meio tosca e sem muita noção. Tenho pena dos adultos que viramos. Sinto falta dos sonhos que deixamos, sinto falta do riso alegre, da inocência não tão inocente. Sinto falta da pureza já manchada, porém ainda pura. Sinto falta de quem nós éramos. Sinto medo de quem nos tornamos.

Afinal, nos tornamos apenas um reflexo de tudo que não queríamos ser lá atrás, quando os sonhos falavam mais alto, quando o pensar e o realizar eram mais próximos. Quando não havia todo aquele abismo de “e se” que agora existe. Sintam-se alegres por serem independentes. Mas PORRA! Sejam independentes! Pois não somos. Somos dependentes mais do que nunca. Somos medrosos manipulados, somos arrastados em nossos medos para que guardemos nossas ambições, nossas vontades, nossa coragem, tudo num armário qualquer, esperando que talvez haja o dia que possamos tê-los conosco novamente.

E não venham me dizer que a necessidade é prioridade e por isso desistimos de alguns sonhos. Isso é papo de gente fraca. Isso é coisa de quem já desistiu, de quem já foi arrastado pra onda de conformismo para a qual estamos constantemente sendo dragados.

Tenho SIM muitos sonhos ainda e pretendo, mesmo que demore, realizá-los todos. Não vou me conformar com uma vida simples, medíocre, fraca, sem sentido e sem sonhos. Vou, pode ter certeza, até o último dia da minha vida, sonhar, como sempre sonhei. Criar, como sempre criei, imaginar, revolucionar, abalar, acabar, despedaçar, reconstruir e refazer do MEU JEITO pois esse é o MEU MUNDO. Essa é a MINHA VIDA e ninguém vai me dizer como eu devo vivê-la. Ninguém vai colocar a mão no meu ombro e dizer “já chega”.

Afinal do que é feita essa vida mundana, senão de sonhos bobos de seres humanos desesperados por algo pelo qual valha a pena terem vivido? Se você não sonhou, você não viveu. Se você não sentiu desejo, se você nunca quis revolucionar, se você nunca quis que o mundo fosse diferente, então sinto muito lhe dizer, mas você não viveu. Você apenas existiu, e você apenas passou. Se você nunca sentiu a sensação de ter um sonho realizado, ou a sensação de ter um novo objetivo, se você nunca sentiu a vontade de correr atrás de algo e só parar de correr quando esse algo estivesse na sua mão, por mais difícil, por mais trabalhoso que fosse. Então você não sabe nada da vida."

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